domingo, 28 de outubro de 2007

O que é Bullying?


É uma forma de perseguição que ocorre geralmente nas escolas e no trabalho, onde uma pessoa ou um grupo é apontado por outro grupo com nomes pejorativos ou até violência física. Normalmente os motivos do bullying são referentes ao físico e a atitude da pessoa. Os apelidos mais comuns são: butijão, rolha de poço, pintor de rodapé, surfista de aquário, baleia, saco de areia, olho puxado, etc.
As vítimas normalmente não reagem fazendo com que os agressores se sintam mais motivados a continuar.
As vítimas costumam ter alto-estima baixa o que interfere no rendimento escolar, a sua vida pessoal é radicalmente afetada, esses fatores fazem com que elas tomem atitudes extremas como tentativa de suicídio ou até mesmo vingança

Por que o bullying é praticado?
Porque o praticante do bullying quer:

1) Obter força e poder;
2) Conquistar popularidade na escola;
3) Esconder o próprio medo, amedrontando aos demais;
4) Tornar outras pessoas infelizes, já que ele próprio é infeliz;
5) Vitimar outras pessoas por ter sido vítima de alguém no passado.

O termo bullying é escrito em inglês porque não existe uma palavra equivalente em português.

CYBER- BULLYING

Cyber- bullying é uma forma de bullying só que realizado na internet, em sites de relacionamento, blogs, msn, etc. Onde uma pessoa humilhada através de comentários maldosos.

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Conseqüência do Bullying


Quando a criança que sempre gostou de ir à escola começa a fazer birra e a inventar desculpas para faltar, pode ser manha, necessidade de descanso extra ou algum problema com os professores. Ou pode estar cansada de sofrer perseguições dos colegas, que vão desde a colocação de apelidos até o roubo de lanche na hora do recreio.

O que fazer?


Quando você é vítima do bullying, ou conhece alguém que sofre, deve pedir ajuda a algum adulto responsável ou alguém que você confie e sabe que vai ajudar.
Na maioria dos casos em escolas, onde a vítima pede ajuda aos professores ou ao diretor, elas não recebem ajuda, por isso também cabe aos professores a OBRIGAÇÃO de impedir o bullying.


1) Evitar a companhia de quem pratica o bullying ou dos chamados “carrascos”;
2) Jamais falar com o agressor sozinho. É mais seguro falar com ele perto de outras pessoas;
3) Não responder às provocações;
4) Não manter a agressão em segredo. Não se deixar intimidar. Relatar os fatos aos professores, coordenadores, diretores ou responsáveis.

Na escola
- Pra começar é importante falar sobre o assunto. Saber que o problema existe é o primeiro passo para combatê-lo. Os professores devem conversar sobre bullying com os alunos na sala de aula e alertá-los que isso não é brincadeira.

- Organize um grupo de discussão, no qual todos possam ter uma chance de comentar o que não gostam, como apelidos chatos, e porquê. Falando numa boa, todos entendem que devem parar.
- Converse com o professor ou coordenador e faça um concurso da classe mais amiga da escola. Cada classe pode escolher como prefere demonstrar a amizade. Use os termos amizade, tolerância, respeito e solidariedade.
- Reúna a galera da sala de aula e façam junto um pacto antibullying. Todos devem se unir e cuidar para que nenhuma agressão aconteça entre os colegas.

- Os professores devem buscar mais informações sobre bullying para que não rotulem os alunos.

- Tanto agressores como vítimas precisam de acompanhamento e apoio e, muitas vezes, acompanhamento de psicólogo, neurologista, psiquiatra, etc.

- Não dê descanso à campanha.




Estatísticas

Brasil


Segundo a pesquisa realizada pelo Ibope, de 5.482 alunos entre 5ª a 8ª séries de 11 escolas do Rio de Janeiro, mais de 40,5% admitem ter praticado ou ter sido vítimas de bullying;

O bullying já atinge 45% dos estudantes de ensino fundamental do país, seja como agressor, vítima ou em ambas as posições;

2.000 entrevistados, 49% estavam envolvidos com a prática --22% eram vítimas, 15% agressores, e 12%, vítimas agressoras;

Esses números batem com estatísticas internacionais e traçam um perfil: as vítimas são tímidas, de ambos os sexos, possuem alguma característica marcante, tanto comportamental como física (obesidade ou baixa estatura, por exemplo), possuem, em média, 11 anos e não reagem contra a gozação.

Já os agressores têm entre 13 e 14 anos e gostam de mostrar poder, por isso, costumam serem líderes de seu grupo de amigos e, em muitos casos, foram mimados pelos pais e a maioria é constituída por meninos (60%). "Mas as meninas são mais cruéis. Tramam fofocas e intrigas para excluir colegas", diz Cleo Fante, coordenadora do centro e organizadora do 1º Fórum Brasileiro sobre Bullying Escolar.


"Os jovens de hoje são mais agressivos do que os das gerações anteriores", afirma o psicólogo e pedagogo italiano, Alessandro Costantini.

"Se uma criança ganha um apelido de que não gosta muito, mas o encara sem traumas, não há porque se preocupar", diz o coordenador do Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência, Aramis Lopes. "Mas se ela muda seu comportamento, reclama para ir à escola, se isola no recreio e deixa de ser convidada para atividades, é preciso intervir. Para começar, uma boa conversa."

As meninas e o bullying


As meninas são mais discretas: O bullying também pode ser praticado por meios eletrônicos. Mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulam por e-mails, sites, blogs (os diários virtuais), pagers e celulares. É quase uma extensão do que dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que a vítima não está cara a cara com o agressor, o que aumenta a crueldade dos comentários e das ameaças.

Já no universo feminino, o problema se apresenta de forma mais velada. As manifestações entre elas podem ser fofoquinhas, boatos, olhares, sussurros, exclusão. As garotas raramente dizem por que fazem isso.

Bullying no Brasil e nos Estados Unidos


O assunto é tão sério que até já mereceu um estudo no Brasil. “Diga não ao bullying: programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes” foi realizado pela Abrapia, a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência, sob a coordenação do médico Aramis Lopes Neto. A maioria das vítimas sofre em silêncio.

Conforme a Abrapia, bullying é usar o poder ou força para intimidar ou perseguir os outros. As vítimas de intimidação e chantagem recorrente são normalmente pessoas sem defesa e incapazes de motivar outras pessoas a agirem em sua defesa. As sondagens escolares mostram que existe intimidação nas escolas de todos os países. O padrão de incidência difere pouco de país para país.

Os Estados Unidos são pródigos em reproduzir no cenário escolar cenas de tragédia, com um personagem comum: o jovem franco atirador. O que quase nunca sabemos é que eles foram vítimas de humilhação no ambiente escolar. O quadro se repete também no Brasil.

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